sábado, 14 de maio de 2011

O Lotus Evora S em pista

Após a conversa com Bahar na Club House, o grupo foi dividido em dois e eu fiquei no primeiro grupo, o grupo que iria para o Circuito Norte ao volante de um dos mais recentes Lotus tendo por instrutores os pilotos da Lotus Driving Academy. Capacete colocado e uma espera ansiosa pela nossa vez! Quando a oportunidade surgiu podia escolher entre o Elise Club Racer ou o Evora S. Como sei que não terei muitas oportunidades de pilotar um Evora em pista optei por este numa escolha que depois se veio a revelar pouco consensual...

Ao meu lado um muito paciente e profissional David Brise que me foi explicando como tirar o maior partido do carro e da pista. A mesma, embora de concepção simples, tem zonas bastante complexas de condução sendo por isso uma mais valia no desenvolvimento dos carros da marca. Cones de cor amarela marcam o apex de cada curva e cones laranja apontam o caminho da melhor linha para entrar e sair da curva. Agora entrar com a mesma velocidade dos pros, isso é outra história. 

À entrada para o carro o David perguntou-me que Lotus tinha e após a minha resposta disse-me imediatamente que iria sentir uma grande diferença entre a caixa do meu Elise e esta do Evora. E como estava certo...Tive grande dificuldades com o comando da caixa e por diversas vezes cometi erros de principiante que estou convencido não aconteceria no Elise. O comando é de certa forma vago e não nos dá a confiança necessária para entrar em curva no ritmo que queremos. Em recta é "um animal" com o motor V6 a gritar a plenos pulmões e a velocidade com que chega às curvas é "pornográfica" mas...there's always a but, deixa-nos um certo amargo de boca depois de conduzir em pista. Convencido que o problema era meu por nunca ter conduzido um carro tão potente em pista, discuti o assunto com os meus colegas e restantes instrutores e chegamos à mesma conclusão. O Evora é um excelente GT e um carro super-eficaz em estrada mas se tiver que escolher um "track-day toy" então opte por um Elise. E da maneira que eu depois vi o Martin Donnelly a pilotar o Club Racer 1.6, fiquei mais do que convencido! 

Mas apesar de todos os contratempos, apesar de algumas passagem para 3ª que encontraram invariavelmente o carreto errado, apesar de algumas saídas de curva a puxar uma 4ª e a esperar pacientemente que o binário fizesse o milagre de empurrar o Evora como se de uma 2ª se tratasse, apesar de tudo isso foram das melhores voltas que dei a um circuito ainda para mais com a grande vantagem de aprender com quem sabe pois o David foi inexcedível a explicar como tirar o melhor partido daquelas 6 voltas. Só não foi a minha melhor experiência em pista porque o dia ainda mal tinha começado...
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