O volante é o interface homem/máquina através do qual o condutor converte impulsos visuais em controlo dinâmico de um carro e recebe informação da reacção e comportamento físico induzidos no veículo. A capacidade cerebral, o volume de dados e a velocidade de raciocínio envolvidas na operação de um volante é de tal forma complexa que nunca foi tecnologicamente possível substituir eficazmente um condutor por qualquer outro mecanismo.
O Volante;
1º – Ajustar a altura:
O volante deve ser ajustado o mais alto possível, acautelando que se consegue ver por cima dele e até que o centro deste fique, tanto quanto possível, apontado à altura dos ombros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIlZvVnTDkMQDbfITn0bulFR1JcrRmOrTFGrw32xawkXNK3K1R0QQrdw7Pan8ExvJKYbIJyGLypm8I8r7vsfcye-sSnr2KICU3e2y6VAYy9Nre7a9uZ0IXlDtdyh3kOhn11zuZig/s400/L1110061.JPG)
A principal razão para o volante ficar o mais alto possível resulta do facto de os músculos dos braços conseguirem aplicar mais força flectidos e com as mãos ao nível dos ombros.
2º – Ajustar a distância:
O distância do volante ao condutor deve permitir que os seus braços fiquem dobrados num ângulo entre os 90º e os 120º.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip6rzGWJTII4_raPcKET3pMsZQd6xwy2wEEd6WU7p3n4hfOeyisj2Plnp0epBJpytkbkvBt_uyciWJbRRJZY4AYPVsNAJhw053z8gCqPsqpYC2JOWUbrSd_EyzXmhnXHtBumA8YQ/s400/L1110073.JPG)
Uma forma simples e eficaz de verificar a distância correcta consiste em esticar os braços e, com os ombros encostados ao assento, verificar que os pulsos podem ficar pousados por cima do volante.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy2PwkTdbflbjmzpMIf31ek8TUZ9WSvUqR_wAMsgI7TBWWE0P81fBEXSB2JCMaUTg_uVeqo55UbvAO4VW7tUbEsLPJbmLjPBbnewNgIhNx_X6X6xZmIzYyIRtsTqqY3OC4H1WxEA/s400/L1110062.JPG)
Deverão ser tomadas em consideração as recomendações do fabricante relativas à distância de segurança ao airbag que, normalmente, se encontram no manual de instruções do carro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1f7UQAvtp3e3K1jZvuKmzfQntZE1cNRcAkvhH21cESnzBQFv5VYLKEshCR6j9lOPjzT_6CYNgkzIYjaJob605tInnXIniNNCgAhIpI0DPevgHcGacD3GXeQjVG9B3CIiBLVp7Gg/s400/L1110071.JPG)
Nunca se deve conduzir com os braços esticados. Numa curva rápida e acentuada não terão força nem capacidade de impulso suficientes para virar o volante com a velocidade e a precisão necessárias nem para segurar o corpo no assento, contrariando a Força G.
3º – Agarrar o volante:
Nos carros desportivos, a aerodinâmica, o efeito de solo, a direcção progressiva, a largura dos pneus, etc. a velocidades e/ou manobras rápidas exigem que o condutor aplique uma força considerável no volante. Daí a importância da sua afinação e deste se encontrar regulado na posição em que a aplicação dessa força é mais rápida, precisa e eficaz.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6NacmlHHf6ARPtjMBeYFF1bEpb_vxNKQAY8jjklUSKXh8hx9ZXidEg3O8BAd0AfHzWQA6hfYQNPWsF6b-UGU9gFtq0D2VCs_0kb2OKsOzCFXTCBVe40My8APMyTN8wC0NhTKT0Q/s400/L1110083.JPG)
Nos volantes dos carros desportivos os dois braços superiores e a sua junção à roda do volante estão concebidos para permitir o agarre na zona das 9 e das 3 horas de forma confortável e eficaz. Muitos deles têm mesmo dois apoios anatómicos no interior do volante que se destinam a apoiar os polegares.
Em circuitos com curvas rápidas a técnica de agarre mais utilizada é colocar os polegares no interior do volante apoiados nos braços deste, o que permite aplicar mais força de forma rápida e precisa.
Em pisos difíceis, com água, neve ou gelo, gravilha, etc. que exigem viragens e correcções rápidas e vigorosas do volante, a técnica a utilizar deverá ser colocar os polegares no volante, nos apoios de polegares, e não nos braços do volante pois este pode reagir violentamente a alguma irregularidade no piso e deslocar ou mesmo partir os polegares ao condutor. Esta experiência dolorosa já foi vivida por muitos pilotos, principalmente de rally.
Finalmente, todos os ajustes devem permitir que a a posição de condução seja relaxada e totalmente confortável, garantindo que todo o corpo se encontra em contacto com o assento, desde as coxas até aos ombros.
O condutor deverá conseguir virar o volante 180º (½ de volta) sem ser forçado a desencostar os ombros do assento. A título de curiosidade, nos carros de corrida, os pilotos conseguem virar o volante quase 270º (¾ de volta) sem desencostar os ombros da baquet.
Share