A primeira paragem foi no impressionante centro CFD, ou Computational Fluid Dynamics. Uma espécie de túnel de vento dentro de um supercomputador, este centro está construído debaixo do solo de forma a manter uma temperatura constante na sala que alberga o computador. O “Mistral”, nome dado ao computador construído pela Appro em homenagem ao vento que sopra na região sul de França e que também dá nome a uma recta no circuito de Paul Riccard. É um monstro de 52m de comprimento e 10 toneladas de peso com uma capacidade de processamento de 38 teraflop (38 trilhões de cálculos matemáticos por segundo) e uma capacidade de 265 terabyte de armazenamento, memória suficiente para gravar o equivalente a 14 milhões de músicas do iPod sendo capaz de armazenar um DVD de dados (4.7Gb) a cada segundo!
Esta gigantesca capacidade de computação é usada principalmente para a análise de superfícies do carro e carroçaria, olha para o fluxo de ar e tenta melhorar a aerodinâmica, gerando downforce. Mas também é usado para simular o comportamento de outros fluidos tais como o fluxo de gás através do escape ou gases de combustão no motor (foi aqui que nasceram os escapes voltados para o solo que tanto surpreenderam a F1 este ano). O CFD é uma ferramenta importante na F1 actual e mais do que substituir, complementa um túnel de vento convencional. Este centro é partilhado pela Boeing que desenvolve aqui alguns dos seus mais recentes protótipos o que vem confirmar que um moderno F1 muitas vezes não é mais do que um caça com as rodas assentes no chão.
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