sexta-feira, 22 de maio de 2009

Lotus na velocidade nacional

Ainda a propósito da participação dos Lotus no CPCC queria relembrar como eram as coisas em épocas anteriores através deste post que encontrei no Portal dos Clássicos.

17 e 18 de Junho de 1967 realizou-se o I Circuito Granja do Marquês.

Turismo (Gr 1 e 2)
Néné Neves obtém o 3º tempo com o Cooper S Broadspeed atrás de Peixinho (Cortina Lotus) e de Carlos Gaspar (Alfa Romeo GTA). Na partida, do tipo Le Mans, Gaspar e Neves foram mais lestos e adiantam-se a Peixe. Depois do colapso do Alfa, Peixinho passa a comandar e Neves fazia das tripas coração para tentar acompanhar o Cortina que fugia nas rectas. Neves descreveu algumas das curvas em duas rodas…

A corrida foi monótona e só um despique entre Lampreia e Burnay Bastos trouxe alguma (pouca) animação. O pódio seria ocupado por :1º Peixinho, 2º Neves, 3º Lampreia.

GT e Desporto, TE e Protótipos (Gr 3 a 5)
Aqui os reis da fiesta foram os quatro Lotus 47 do Team Palma. Assim que pisaram, com grande aparato, os rectângulos de cimento da pista de aviação da Granja um frisson apoderou-se dos espectadores ávidos de presenciar o desempenho daquelas quatro novidades. Os quatro Lotus 47 dominaram uma nova grelha tipo Le Mans por esta ordem: Luís Fernandes, Carlos Santos, Mané Nogueira Pinto e José Lampreia. Os dois o primeiros dispunham de injecção Tecalemit nos seus 47 enquanto que os dois últimos tinham os 47 equipados com a versão carburadores. Para a grelha, Neves classificou-se logo a seguir aos 47 com o Elan S3 do Team Palma à frente de Carlos Faustino (Porsche RSK) e de Achilles de Brito (Lotus Elan 36 BRM ).

Neves adiantou-se no comando, comandando apenas meia volta para ceder o lugar a Nogueira Pinto. Com os 47 a dominar Neves fez o que pôde e chegou a perder o capôt em corrida. Contudo, à 31ª volta encosta com problemas mecânicos.

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3 comentários:

Fernando Aguiar disse...

Brilhante!
Eram os gloriosos tempos das Máquinas Voadoras, em que ao mais ténue sussurro do nome Lotus, toda a armada adversária temia!

Saudosismos à parte, considerando tudo quanto se tem feito em Portugal nos últimos tempos, honras sejam feitas ao Club Lotus Portugal, assistimos ao renascer da Marca e ao crescente interesse em volta desta, o que fica bem patente não só em todas as iniciativas que o Club promove bem como naquelas em que participa e para as quais já é convidado.

A Lotus passou de temida a respeitada.

É isso que a fará eterna.

Pedro Aroso disse...

Se bem me recordo, em 1967 vieram cinco Lotus 47 para Portugal:
1. Carlos Santos (Porto)
2. Mané Nogueira Pinto (Porto)
3. José Lampreia (Lisboa)
4. Luís Fernandes (Lisboa)
O 5º seria do Carpinteiro Albino (Lisboa), mas não tenho a certeza. Aquilo que sei é que esse carro ardeu na Granja do Marquês.
Apenas um pertencia ao Team Palma e foi pilotado, entre outros, por Ernesto Neves e Portela de Morais.

Rui Coelho disse...

Se pensarmos que oficialmente foram construídos 55 exemplares, Portugal tinha quase 10% da produção! Eramos realmente uma potência no desporto automóvel