quarta-feira, 17 de junho de 2009

O meu Lotus 40 (Parte 3)

Como disse na primeira parte desta série de artigos, foi em 1966 que me apaixonei por aquele que viria a ser o último sports racer concebido por Colin Chapman: o Lotus 40.

Nesse ano, as corridas de slots cars estavam ao rubro. O entusiasmo era de tal ordem, que começaram a surgir pistas um pouco por todo o país. Esta onda levou à inevitável organização de troféus e campeonatos, sendo mesma criada uma secção no jornal Motor para cobrir todos estes eventos.

O Lotus 40, à escala 1:24, com o Jim Clark ao volante, fabricado pela COX, foi amor à primeira vista. Como fui sempre muito poupadinho com o dinheiro que recebia das semanadas, lá consegui comprar o meu kit que, apesar dos meus 13 anos, montei sem qualquer ajuda.

Este carro proporcionou-me as maiores alegrias, mas também me deu algumas dores de cabeça: era mais pesado que a concorrência, o chassis soltava-se da carroçaria com alguma frequência e o rollbar saltava quando capotava. Volta e meia a cabeça do piloto descolava, parecendo que tinha sido degolado. De vez em quando, os colectores/escapes, que no 40 ficavam por cima do capot traseiro, também caíam. Resumindo e concluindo, acabei por comprar um Lola T70, porque era um modelo fechado e sem apêndices.

Lotus 40

Esta fotografia tirada em 1968, juntamente com a carroçaria, que guardo religiosamente, são os únicos testemunhos desta história .

Nota: Atrás do meu Lotus 40 está um Ferrari (que vinha dentro da caixa da pista), vendo-se ainda o Ford GT40 (escala 1:32) do meu irmão Nuno.

A título de curiosidade, passo a transcrever a famosa frase do piloto americano Richie Ginther, depois de ter testado o Lotus 40 pela primeira vez: “the 40 is the same as the 30 but with ten more msiytakes”.

(Continua…)

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2 comentários:

Rui Coelho disse...

A tão afamada fiabilidade dos Lotus transposta para a escala 1/24 :)

Fernando Aguiar disse...

Delicioso!
É sem sombra de dúvidas um Lotus, para o bom e para o mau!
O "Very British" no seu melhor.